- Roberto Lima, presidente da Vivo: no segundo trimestre empresa conquistou quase 1,2 milhão de clientes.
A Vivo teve lucro líquido de 172,4 milhões de reais no segundo trimestre, contra prejuízo de 63,9 milhões de reais um ano antes.
O resultado da empresa foi beneficiado por uma forte redução dos custos, com impacto positivo também na geração de caixa.
A operadora de telefonia móvel, controlada por Telefónica e Portugal Telecom, diminuiu os custos operacionais de abril a junho em 7,2% na comparação anual, para 2,738 bilhões de reais. Também houve queda de 2,8% sobre o primeiro trimestre de 2009.
As maiores reduções foram verificadas no custo das mercadorias vendidas, basicamente aparelhos celulares, e nos gastos gerais e administrativos.
“Isso não é uma coisa excepcional. Nossas reduções de custos são consistentes. Espero que continuemos fazendo isso”, disse o presidente da Vivo, Roberto Lima, sem dar outros detalhes.
A receita líquida total da Vivo cresceu 3,8% de abril a junho contra um ano antes, para 3,936 bilhões de reais. Considerando apenas a oferta de serviços, o faturamento subiu 7,1%.
O aumento da receita com serviços ficou bem aquém da alta de 15,8% na base de clientes da companhia em 12 meses, para 46,8 milhões em junho. Apenas no segundo trimestre a empresa conquistou quase 1,2 milhão de clientes.
“Existe uma competição muito acirrada que se fazia sobre preço de aparelho e hoje se faz sobre preço de serviço. É o fenômeno do chip. As pessoas começam a compartilhar seus gastos entre chips de várias operadoras”, disse Lima.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu para 1,198 bilhão de reais nos três meses até junho, ante 841,7 milhões de reais no mesmo intervalo de 2008.
A margem Ebitda aumentou 8,2% na mesma base de comparação, para 30,4%. O desempenho ficou acima do esperado por corretoras como Ativa e Merrill Lynch.